A comunidade dos direitos
humanos esta chocada com a execução, por fuzilamento, do brasileiro Marcos
Acher Cardoso Moreira, de 53 anos.
Estou ouvindo e lendo
críticas aos métodos utilizados pela Indonésia no tocante a tráfico de drogas,
que levou ao pelotão de fuzilamento um grupo de seis pessoas no domingo passado
– sábado aqui no Brasil, dentre eles um nosso compatriota.
Entendo que qualquer tipo de
violência contra a vida – violência para nós brasileiros –, pois no país onde
houve a execução é normal, para o tipo de crime praticado, que é, no caso, o
tráfico de drogas.
Ouvi nos noticiários que
houve um desrespeito com a vida humana, desrespeito com o brasileiro, que não
foi atendido o pedido da Presidente Dilma Rousseff, e outras bobagens mais.
Digo bobagens, pois, dentro
do Direito internacional, devemos respeitar as leis impostas por cada nação,
sem que possamos, de forma legal, interferir nela.
Se na indonésia o crime de
tráfico de drogas e punível com a morte, paciência, foi um compatriota nosso
mais a lei deve ser respeitada, sem qualquer interferência de outras nações.
O pedido da presidente para
o embaixador do Brasil na Indonésia voltar, se trata de apenas formalidade
diplomática, sem qualquer força de imposição ou interferência nas leis daquele
país.
Não houve qualquer
ilegalidade no que foi imposto ao brasileiro, analisando pelo prisma da
legislação pátria da Indonésia.
Além do brasileiro, também
morreram três estrangeiros e uma mulher indonésia.
Eles aplicam a pena máxima
de sua legislação em compatriotas, imaginem em estrangeiros.
Sabemos que existe mais um
brasileiro no corredor da morte pelas bandas de lá, Rodrigo Muxfeldt, que
poderá, se o presidente indonésio Joko Widodo, não ouvir os apelos que estão
sendo feito pela comunidade internacional, ser executado no próximo mês de
fevereiro.
A pena capital não é
exclusividade da Indonésia. Temos também em outros países democráticos, como
exemplo aos Estados Unidos da América e em países não democráticos aí pelo
mundo a fora e não vi até hoje, tanta comoção pela morte de pessoas como no
caso em tela.
Bem próximo ao Brasil, no
nosso vizinho de continente, Cuba, sabemos de execuções a torto e a direita,
nos famigerados paredões e nunca vi qualquer crítica, pelo menos até hoje.
Na indonésia, por tráfico de
drogas, foi executado apenas um brasileiro.
Aqui, também pelo tráfico de
drogas, morrem vários brasileiros todos os dias e ninguém, dos direitos humanos
aparecem para fazer qualquer crítica ou apelo.
No Brasil, também temos corredor
da morte, como vimos nos últimos dias na Indonésia. São nos corredores dos
hospitais que estão condenados à morte, muitos brasileiros sem que qualquer
“otoridade” apareça para criticar ou pedir clemência.
Temos ainda os corredores da
morte, aqui no Brasil, nas escolas onde crianças são alimentadas com valores
ínfimos, apenas centavos, tendo que professores, diretores, orientadores e
todos os profissionais das escolas fazerem mágica para poder alimentar os
brasileirinhos.
Temos corredor da morte, no
momento em que bandidos, acobertados por leis fracas e legisladores
benevolentes, invadem lares, chamando todos de safados, vagabundos e outras
palavras de seus vastos repertórios, humilhando pais e mães de família,
estuprando as mulheres, atirando na cabeça de crianças e por fim “o direito dos
manos” apenas questionam o tratamento cruel e degradantes, isto se forem presos
– que no caso de prisões, são fatos raros.
Temos corredor da morte sim,
quando pais de família são obrigados a suprir seus lares com o maldito salário
mínimo.
Temos corredor da morte sim,
quando relegamos a infância de cidadãozinhos a viverem por sua própria sorte,
como pedintes e semáforos e nas calçadas de todas as cidades.
E que ninguém se engane,
principalmente as autoridades brasileiras e os defensores de plantão dos
direitos humanos, que, se houver uma consulta popular, através de um plebiscito
no Brasil, propondo a pena de morte ela
terá a aprovação de mais da metade do povo brasileiro.
Estou chocado sim com a
morte do brasileiro, ocorrida na Indonésia pelo pelotão de fuzilamento, porém,
também estou indignado com a morte de muitos brasileiros, dentro de seu próprio
país, relegados ao descaso da educação, da saúde e dos direitos humanos.
Dura
Lex, sed Lex.
Um comentário:
Certíssimo. Respeitemos as tradições, costumes e leis de cada povo...
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