Hoje minha opinião é sobre as
canalhices de algumas pessoas que se dizem idosas, e teoricamente, acima de
qualquer suspeita.
Tive o prazer e receber
amigos no meu rancho no domingo passado.
Também tive o desprazer de
receber uma figura desprovida de qualquer senso ético.
Rui Barbosa foi muito feliz
quando pronunciou a célebre frase “os canalhas também envelhecem”.
Pura verdade no momento em
que recebo uma senhora no seio de minha família, teoricamente acima de qualquer
suspeita.
A dita senhora, depois de
comer, beber, divertir-se, fazer a feira com as frutas do ambiente, como um vil
escorpião, injetou sua peçonha na mão de quem a recebeu com muito carinho,
educação e acima de tudo, respeito pela idade.
A pessoa utiliza-se de meus
sórdidos para burlar a confiança de quem a recebeu na sua casa e depois comete
um ato tão sórdido que é roubar um pequeno cachorro e, como uma serpente
sorrateira, espreitando-se por lamaçais, vai embora sem sequer desejar uma boa
tarde.
Um pequeno cachorro que, nos
dias de hoje, não tem qualquer valor comercial.
Embora sendo um cão da raça Pit Bull, era criado como um dos
inúmeros vira-latas que gosto de ter como criação e até mesmo como amigos no
recinto.
Pouco vale um cachorrinho de
três meses. Digo em relação a valor venal, porém vale muito quando falo em
valor sentimental.
Foi o único que fiquei de
uma ninhada de dez que minha cadela Lara teve.
Ele me adotou, pois ficava
mordendo meus dedos e latindo quando eu chegava perto da pia ou da geladeira,
como a pedir comida.
O poeta paraibano Augusto
dos Anjos, foi feliz por demais, quando escrevem “versos íntimos” e eu, peço vênia para citar a parte de que “a mão
que afaga é a mesma que apedreja”, pois foi assim mesmo que aconteceu.
A mão que estendi para
receber tão cândida senhora foi a mesma que recebeu a peçonha do escorpião.
Pensei inúmeras maldades no
decorrer da noite que passei em claro.
Não em claro por causa do
furto de um cachorro e sim pelo furto do cachorro que tinha me escolhido como
dono.
Pensei em mandar aplicar-lhe
uma surra, dar uns safanões eu mesmo ou até outras maldades impublicáveis.
Como o travesseiro é ótimo
conselheiro, resolvi apenas fazer um desabafo no presente escrito, não mais
desejando ou fazendo qualquer maldade física ou psicológica contra a dita
pessoa.
Espero que ela cuide bem de
meu cachorro.
Espero que ele a trate bem,
cuidando de sua casa e de seus pertences materiais, visto que éticos acredito
que a mesma não os possuir.
E é a mais pura verdade:
“não devemos julgar o ser humano pelos seus cabelos grisalhos, pois os canalhas
também envelhecem”.
Espero que um dia, sem saber
ele não venha a cobrar um preço muito alto da dita senhora.
Espero que, no futuro, ele
não venha a morder a mão que o alimenta.
Um comentário:
O mundo cruel em que vivemos...
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