terça-feira, 29 de setembro de 2015

Minh’alma

Nas brincadeiras das redes sociais, sempre aparece alguém pedindo para ser definido pelos seus amigos.
Resolvi também assim fazer e recebi algo simplesmente lindo, completo e que me define de ”A” a “Z”.
Acredito que é oportuno compartilhar, pois nem eu mesmo consigo me ver tanto quanto alguém consegue ver dentro do meu eu.
Existem pessoas que conseguem como os “olhos de tandera” ver além do alcance e vão mais longe.
Acredito que fui definido além do visto pelos olhos, fui visto “apenas” pelo coração.

Simplesmente Você
Afável, aventureiro, amoroso.
Beijoqueiro quando deseja impressionar e possui um brilho no olhar, que acende a luz da alma.
Carinhoso, cavalheiro que causa um calor intenso, provocado pelo toque das suas mãos.
Dominador nato que sabe a forma e a hora certa de atacar sua presa.
Esperto como uma águia que de longe observa e monta a sua estratégia para alcançar seus objetivos.
Felicidade é o seu lema.
Generoso, está sempre disposto a ajudar.
Homem com tamanha sabedoria atrai olhares e desperta desejos.
Iluminado com extrema capacidade de guiar a quem precisar.
Jovem maduro com ar de menino.
Leal com seus princípios.
Moleque travesso com um jeito simples de amar.
Namorador por vocação.
Orgulhoso com os feitos de sua prole.
Pai amoroso, zeloso e protetor.
Querido por todos que sabem dar o seu devido valor.
Único na sua forma de amar.
Valente, destemido, que enfrenta o perigo para proteger a quem necessitar.
Xará de muitos, mas singular no seu modo de ser.
Zangado ao extremo quando algo lhe desagrada.

Brincadeiras à parte faltaram as letras “K”, “W” e “Y”, porém eu poderia completar que tenho know-how na arte de amar a pessoa especial, vou até mil wolts ao quando instigado nas coisas do coração e, por fim, minhas reações ao amar, são uma incógnita.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Depois que eu me chamar saudade...

No último dia sete de setembro, completei meus 57 anos – por sinal, bem vividos e saboreados dia a dia, com muito prazer, obrigado.
Recebi felicitações de muitos amigos que eu já esperava, de pessoas que eu jamais imaginaria que me reverenciariam.
Pena que de muitos que eu esperava, pelo menos, um alô, não recebi nada.
A vida é interessante, ou melhor, é muito interessante quando vemos que pessoas ao seu lado, pouca importância dão a você.
Sou um curioso e fanático pela leitura.
William Shakespeare, em “O Menestrel”, retrata praticamente tudo que vivi na minha trajetória de vida e o que estou vivendo.
Já acorrentei almas, no lugar de “saborear” com as mãos a pessoa.
Já perdi amores – se é que se perde algo que você nunca teve – por amar demais e me entregar por inteiro.
Já degustei do prazer de confiar e ser confiado por alguém.
Já vociferei palavras que por uma ira momentânea, me arrependo amargamente até hoje.
Também já balbuciei palavras que tiveram como paga um sorriso ou um simples encostar de cabeça em meu ombro em um gesto de agradecimento.
Já perdi a oportunidade de viver um sonho por simplesmente não querer ouvir “eu te amo”.
Vejo que pessoas nos querem por perto, muito mais para satisfazê-las do que por amor.
Vejo que muitos preferem pedir que agradecer.
Ouço muito falar de homenagem póstuma.
De que serve tal homenagem se o homenageado não ira saber nunca que foi querido?
Não tragam flores, velas, palmas, choros, desmaios e “ele era gente boa” se eu não estiver a ouvir, a ver ou não tiver mais como saboreia tais atitudes.
Não me venham com homenagens póstumas.
Fale que sou gente boa agora.
Fale que me ama agora.
Fale que meu cheiro é agradável, que sou um grande amigo, um cidadão honrado e um amigo agora, enquanto eu estiver presente.
Fale que fui bom filho e excelente pai agora.
Não adianta vir chorar no meu caixão, quero ser “paparicado” agora.
Quero ouvir a gargalhada de meus netos agora.
Quero sentir o abraço de meus filhos agora.
Ainda citando Shakespeare, quero lhes dizer que, “só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.”
Acho que ele escreveu para mim tal passagem.
Posso até não demonstrar com palavras como eu amo, porém, demonstro com atos, com sorrisos, com afeto, com a minha oração no início e no final do dia em que peço por todos.
Não sei se é Deus, Javé, Alá, Buda, Sol, Maomé ou outra força qualquer. Acredito que alguém nos rege e para “Esse alguém” é que profetizo minha fé.
Faça por mim agora e não quando eu me chamar saudade.
Não quero flores...
Quero a vida vivida com amigos...
Quero amigos para sorrir, brincar e amar.
Quero filhos para educar e ensinar.
Quero pessoas para amar.
De nada adianta dizer que eu era um grande amigo e que tinha um bom coração se eu não puder ouvir e poder sorrir.
Quero festa agora.
Não adianta um banquete, flores, musicas e badalações se o homenageado não estiver presente para poder ver o quão é considerado bom.
Quero ser reconhecido com o “cara legal” agora, em vida.
É maravilhoso é poder ouvir um “eu te quero”, “eu te amo”, “você é importante para mim”, “obrigado”, “vem, deita no meu colo e chora”, “adorei estar com você, “sabia que você faz falta”, “onde vamos”, “poxa, foi sem querer”, “te amo pai”, “te amo filho”, “por você faço tudo que puder, e tento fazer também o que não puder” e assim vai.
Quero ouvir palavras amorosas e também dizer coisas boas, pois o hoje pode ser a última vez que nos vejamos.
Sorria comigo que vou sorrir contigo.
Chore comigo que vou chorar contigo e ainda, enxugar suas lágrimas.
O tempo perdido que algo que jamais poderemos reconquistar.
Não me venha com homenagens póstumas, pois depois, que me chamar saudade...
Nada mais irá me interessar.














terça-feira, 1 de setembro de 2015

Cecília

Tive o grato prazer de conhecer uma menininha muito charmosa, emburradinha, zangada e inteligente.
É a Cecília, filha do Erique e da Arlene, mais conhecida como Luca, que são parentes de Dona Lourdinha.
Desde novinha, embora ainda esteja com menos de dois anos, me acostumei a ver suas graças, trejeitos, cara feia e tiradas geniais.
Tive o grande prazer de ter sido convidado para ser padrinho de tal criaturinha.
Embora já tivesse prometido não mais ser padrinho de qualquer criança, pelo charme que a Cecília tem e pelo jeitão de emburradinha, aceitei na hora ser seu padrinho.
Participei de parte das reuniões para o curso – embora não entenda o motivo de tanto curso para ser padrinho. Acredito que se fizermos um curso já é suficiente, bastaria receber um certificado e valer para todos os outros.
Embora tenha sido criado seguindo os preceitos da Igreja Católica, nunca fui um “papa hóstia” e hoje não sou mais aquele praticante, se é que para ser católico praticante tenha que viver enfurnado dentro de uma igreja.
Ao meu entender, para ser um católico ou apenas cristão eu devo seguir os preceitos que ditam as normas da Santa Madre Igreja.
Se assim for, sou católico praticante, pois pratico a religião, não dentro de um tempo, mas dentro do que rege meu jeito de ser.
Se não estou errado, em Mateus 18:20 é dito “...porquanto, onde se reunirem dois ou três em meu Nome, ali Eu estarei no meio deles”.
Não vem ao caso agora tal polêmica.
No domingo passado, dia 30 de agosto “#partiubatizado” embora com uma ressaca de fazer inveja.
E pra lá fui, na Igreja de São Luiz Gonzaga, por sinal, uma igreja muito bonita, bem cuidada e com um charme especial, para batizar a “fera”.
Na chegada já notei a diferença do tratamento pois fomos recebidos por duas senhoras, muito educadas, que nos deram boas vindas.
Ao iniciar a missa, alguns momentos foram dedicados para o batizado e confesso que fiquei apreensivo com o “show” que nossa amiginha poderia dar, pois tinham alguns momentos diferentes dos batizados tradicionais que já participei, ou como pai, ou como padrinho.
O Sermão, muito bem lido e explicado pelo sacerdote, também nos leva a Mateus, quando cita a passagem dos fariseus questionando sobre a limpeza das mãos dos discípulos e tiveram a resposta de que “não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem”.
Vi ali que não estou dentre os piores cristãos.
Entendo que o batizado é um dos sacramentos da igreja católica que considero mais bonito.
Mais bonito ficou da forma que foi conduzido pelo sacerdote, apresentando a criança, levantando-a e mostrando-a aos presentes (basta imaginar a cena do rei leão, quando apresenta seu primogênito a todos).
Cecília, muito arteira, não parava no lugar um minuto pois era um show à parte. No colo de um e de outro, quando não estava tentando subir ao altar, procurando “papaizinho”, “mamãezinha”, “vovozinha” ou “maninho”.
Tinha ainda a tia Lourdinha e o tio Orlando.
Tive que usar toda minha psicologia infantil – não aquela utilizada por Dona Maturina, que era uma palmatória – psicologia mesmo, tradicional e acadêmica para manter nossa afilhada comportada, sem aprontar demais.
Passo a passo, cada rito era precedido por um bom papo para convencer “Dona Cecília” a aceitar, sem chamar o padre de “carniça”.
Na hora da pia batismal, tive que dizer que ela tinha de molhar a cabeça, para poder ir comigo para a piscina.
Quando foi o momento dos óleos perfumados, inventei que era para se bronzear e ir para a piscina.
Na hora do sal, inventei que era para o almoço...
E assim conseguimos batizar a linda Cecília.
Por muitas vezes, me pequei com algumas lagrimas teimosas escorrerem pelo canto dos olhos – malditos ninjas cortadores de cebola – de tanto emocionado que eu estava, vi ali o batizado dos meus filhos.
Vi ali a beleza e a firmeza de termos um norte para seguirmos, não importando se é Jesus Cristo, Buda, Javé, Maomé, o sol ou qualquer outro ser que nos guie.
O importante é termos a quem recorrer para mais agradecer que pedir.
Fui uma celebração impar, digna de uma criança como Cecília, ou simplesmente Ceci pra os íntimos.




Um circo chamado Brasil

Sempre digo, e repito, o circo é mágico.
Desde pequeno que sempre fui fascinado em circo.
Outro dia, soube que Dona Lourdinha, nunca tinha ido ao circo e comentando em uma roda de amigos, descobri que o Andrinho também jamais tinha pisado na grama sob uma lona.
Para satisfazer a curiosidade de ambos, eu e Dona Iva, esposa do Andrinho, levamos as “feras” para assistir um espetáculo circense.
O circo era pequeno, sem grande estrutura, com apenas um trapézio, poucos palhaços – embora muito bons – e mais algumas parcas atrações.
Quando relembro do circo, sempre é com carinho, ternura, admiração e respeito pelas pessoas que trabalham no espetáculo.
Eu era fã, quando criança, de ir ver a montagem da estrutura circense e me peguei, muitas vezes, sonhando em fugir com aquela trupe, sem destino, ou melhor, deixando que o destino me levasse cada dia para um local diferente.
Hoje as pessoas, com a atual conjuntura que vive nosso Brasil, ficam a comparar a “Pátria de Cabral” com um circo.
Não acho justo.
Não é justo comparar uma situação de desorganização com o circo visto que nele, há organização, há comando, há respeito e também, com o pouco que possuem, há satisfação.
No circo, existe respeito entre os pares e ninguém quer levar vantagem sobre o outro, pois ali existe uma família “de sangue” e “de amizade”.
Quando os circos podiam ter animais, não víamos faltar comida para eles.
Nunca vi gritos de desrespeito entre os trabalhadores do circo, quando de sua montagem.
É um trabalho de equipe em que a força para erguer a lona é dividida entre todos, não tendo um que trabalhar mais do que o outro.
Existe a organização do espetáculo e cada um sabe o que fazer, não havendo interrupção do trabalho de um, para beneficiar outro.
No circo existe confiança.
A trapezista ao soltar seus pés de um lugar qualquer sabe e tem confiança de que o colega a pegará pelos braços, não deixando que a mesma venha a cair.
O palhaço, pintando seu rosto é apenas para dar alegria para os espectadores e não para se esconder com o objetivo de destruir o próprio público ou de terceiros.
No circo, apenas uma pessoa manda e comanda sem a necessidade de ter que barganhar sua autoridade com terceiros descompromissados com o espetáculo.
Quando o circo chega a qualquer cidade, vai buscar autorização para se instalar, sem que assim haja desrespeito com as autoridades constituídas.
Muitas vezes, vejo e ouço alguém dizer que somos tratados como palhaços por nossos governantes.
No circo o termo palhaço é usado para denominar alguém rico em sonhos, em alegria, com objetivo de transmitir confiança para as crianças e levar os mais velhos de volta para suas infâncias.
Pena que no circo chamado de Brasil, estão nos tratando de forma errada.
Estão nos fazendo de palhaços e deturpando assim um termo tão bonito que é a palavra palhaço.
Que, um dia, possamos comparar o Brasil com um circo na melhor acepção da palavra: um lugar onde haja comando, respeito, dignidade, ternura, carinho e confiança.
Então eu terei o enorme prazer de ser chamado de palhaço.







Apaixonados

Dizem que uma mulher apaixonada é cega, surda, muda e burra.
Discordo em todos os sentidos.
Uma mulher apaixonada é simplesmente apaixonante e o homem apaixonado se perde nos seus encantos, ternura, sorrisos e também, suas lágrimas.
A mulher apaixonada, simplesmente apaixona o homem que ela tem, simplesmente, seu homem.
Ela é divertida e consegue com seus intentos, fazer o homem cair de amores por ela que, acima de tudo, sabe divertir… Ela consegue enxergar um lado bom em todas as coisas para divertir seu amado e ainda, acima de tudo, consegue resolver os problemas do relacionamento com bom humor – nem sempre, claro!
Uma mulher apaixonada consegue fazer o homem se sentir bem ao seu lado e, se possível fosse ficar, não sairia o homem nunca do lado delas, jamais.
O homem aprecia a sua energia, o seu sorriso, a sua forma carinhosa de ser, o seu jeito gostoso de levar a vida, de resolver os problemas da casa, da vida e do amor.
Uma mulher apaixonada é fácil de conviver com seu homem também apaixonado e com ele pode se divertir em todas as situações, transformando pequenos os parcos momentos em grande aventura com sorrisos, choros, beijos, abraços, chamegos e..., deixa pra lá o resto.
Ela é mais do que tudo, é amiga, confidente, amante, aluna e professora em uma só pessoa e tem potencial para mais.
A mulher apaixonada é uma mulher confiante em seu taco, que se curte do jeito que é, se gosta e se olha no espelho sem medo, se diverte com seus defeitos levando-os na perfeita brincadeira, conhece as suas qualidades – e diga-se de passagem que são muitas e é mais ela… é um prato cheio, na perfeita expressão da palavra.
O homem apaixonado se sente extremamente atraído por esse tipo de mulher, e que mulher...
Ela tem seus mistérios, porta do banheiro sempre fechada, não se entrega seus “pequenos segredos” deixando a critério da imaginação do seu homem o que está acontecendo e ele fica a todo tempo buscando desvendar tais mistérios.
Ela é o tipo de mulher que ganha a admiração de seu homem que adora exibir para os amigos aquela mulher inteligente, destemida, com desenvoltura sabe conversar sobre tudo, tem opiniões próprias e que impressiona com as suas opiniões firmes e que tem a humildade de perguntar aquilo que não sabe, podendo até ser mesmo sobre o código de barras de um caixa eletrônico.
O homem apaixonado se sente orgulhoso por ter ao seu lado uma mulher inteligente e considera que foi a sua melhor escolha do mundo.
O home apaixonado vai sempre adorar estar ao lado de uma mulher apaixonada e poder sair com ela para todos os lugares e mostrar para todo mundo quem está ao seu lado, nas horas tristes e nas horas alegres com aquele sorrizão no rosto, com a ternura de uma criança para dizer apenas, te amo.

Uma mulher apaixonada tem seu homem apaixonado, sendo, um para o outro, o vício e cura.