quinta-feira, 25 de julho de 2013

Futebol: esporte das multidões


Tenho mania de voltar meus pensamentos ao passado para relembrar boas e épocas de minha vida.

Lembrei-me de quando ia ao estádio Aluízio Ferreira nos tempo em que o futebol de Rondônia era de primeira qualidade.

Quando ia jogar Ypiranga do “seu” Abiguar de Miranda, do “grande” Sebastião Lapa; O Ferroviário da dona Geralda Ibiapina, o Flamengo do Carlos Alberto, O Cruzeiro do Loló o Moto da Nininha.

Lembro que não tinha dinheiro para o ingresso e o “porteiro da alegria”, o Severino, não deixava ninguém entrar sem pagar – era função dele, claro e tínhamos, eu e minha trupe, Aurélio, Álvaro, Adão, Bosco, Helder, Tonho, Nem, Tano, Léo Santana e mais alguns moleques do Caiari, de pular o muro, com uma ajudinha do, até então, fininho pé de castanha, que hoje é um frondoso e magnífico monumento ao lado do muro do nosso “aluizão”.

Hoje nosso estádio é uma figura patética, sem expressão, comportando apenas setecentas pessoas – assim dizem os mais entendidos em exportes – e nossa turminha ia pra lá, encostava as costas no muro, os pés no pé de castanha e parecendo uma lagarta, escalávamos o muro e de forma trigueira, pulávamos para dentro.

Algumas vezes a empreitada dava certo, quando corríamos para o meio da multidão, pois naquela época, tinha multidão no velho estádio. Outras vezes éramos surpreendidos por algum guarda territorial que estava dando segurança ao local e com um puxão de orelhas, na ponta dos pés, éramos “convidados” a abandonar o local.

Era uma época muito boa, o futebol era das multidões, com clássicos especiais, como o “clássico vovô” – jogo entre Ferroviário e Ypiranga, com o moleque travesso – que era o Cruzeiro, com o “rolo compressor” – no caso o Flamengo.

Víamos grandes bandeiras, charangas, papel picado e até mesmo um ótimo futebol.

Dá saudade relembrar do Walter Santos, do Ermógenes, do Faz-tudo, do Tatá, do Eliézer, do saudoso Gainete, Dudu, Cartucho, do Edson goleiro e vários que no momento esqueci o nome.

Dá saudade até do futebol do Rigobero, ou Rico para muitos e “bebim” para o sacana do Zequinha.

Lembro-me do Abemor esticando fio desde a Rádio Caiari, que funcionava por trás da Catedral do Sagrado Coração de Jesus até o Aluizão, de poste em poste, com uma escada nos ombros para ter a transmissão ao vivo, pelo rádio.

Caras como João Dalmo, Ribamar Araújo, Agdo Melo e outros tinham o prazer de fazer chegar aos nossos ouvidos o bom futebol que era praticado em nossa terrinha.

Lembro quando surgiu a televisão em Porto Velho e para assistir algum jogo, a turma que “fazia rádio” – para o Paulo “radia” – saia procurando patrocinador para podermos ver o jogo na TV.

Hoje dá pena passar pelo velho estádio de futebol e dá mais pena ainda ver o fraquíssimo futebol por lá praticado.

Dá pena também ver que não é somente aqui que o futebol definhou e sua essência, deixando de ser o esporte das multidões para ser esporte de elite.

É triste ver que um ingresso para assistir futebol nos novos estádios pelo Brasil afora, hoje chamados de arenas, estão mais caros e que a multidão, se for comprar, terá que deixar de comer.

Não se pode entrar com uma garrafa de água, refrigerante, uma pipoca, um “sanduba” – tudo tem que ser comprado dentro da arena.

O mais absurdo é ouvir que o ingresso não está caro – é o povo que está ganhando pouco.

É absurdo ouvir que, na copa do mundo, teremos ingressos que irão beirar dois mil reais.

Mais caro do que um ingresso adquirido é vermos uma poltrona ou um espaço vazio nos estádios.

Futebol: esporte da elite.



Disponível em http://orlandojuniorpv.blogspot.com.br/



sexta-feira, 19 de julho de 2013

Alienação parental


Considerando que o tema alienação parental está em debate no momento, principalmente depois que a Rede Globo de Televisão incluiu como tema de debate em uma de suas novelas, com o título “Salve Jorge”, um dos personagens do folhetim, Celso, representado pelo ator Caco Ciocler usa a filha Raissa, incorporado pela atriz infantil Kiria Malheiros, objetivando atingir a ex-mulher Antônia, brilhantemente conduzido o papel pela ex-paquita da Xuxa, a atriz Letícia Spiller.

Celso, com o estreito propósito de atingir a ex-companheira, fala mal da mãe para a filha, fazendo com que ela não queria morar ou estar na companhia de Antônia.

Na trama, verificamos que o ex-companheiro, magoado pela separação e por ter “perdido” a esposa para outro homem, não admitindo a separação passa a usar a filha como forma de atingir a mãe da criança.

Com tal propósito, muitos ex-cônjuges, quando separam – principalmente se a separação não for consensual e recheada de mágoas, rusgas e desrespeito – buscam criar no filho ou filhos, um sentimento de revolta para com o outro parceiro de forma que passa a existir uma animosidade entre os membros familiares.

Para estudiosos no assunto, o que acaba na separação é o vínculo familiar propriamente dito, ou seja, deixa de existir a família que por definição clássica é o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco ou não entre si e vivem na mesma casa formando um lar, tradicionalmente e normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar.

O grande erro dos casais, quando há a separação busca criar um crima de animosidade como se deixasse de existir ainda um bloco familiar, pois a separação dos pais, não evapora a existência dos filhos e de fato, estes continuam a existir, queira ou não assim entender os separados.

A psicóloga francesa Irène Théry, doutora em sociologia pela Universidade de Paris, em seu escrito a referência para os interesses das crianças em processo de divórcio, entende que o casal parental contunia a existir, mesmo com o fim do casal conjugal o que é corroborado por mim, visto que, a sanguinidade se manterá entre o pai, a mãe e os filhos advindos do relacionamento.

Entendemos também que, em razão sa sanguinidade, sempre existirá a parentalidade – somente indo a cabo quando do falecimento de um ou dos outros membros o cojunto familia.

O simples fato de não haver mais a junção dos membros da família, quando da separação, o que ocorrerá é que cada um irá levar uma nova vida, morando em endereços diferentes, porém, o resultado do relcionamento – no caso os filhos – continuarão a existir, de forma que terá sempre a participação de um ou o outro na educação e hoje, com o advento da guarda compartilhada, os dois genitores terão a incumbência de cudar do rebento.

Existe um dito popular muito antigo que na briga do mar com o rochedo, quem apanha é o carangueijo, ou seja, quando há a separação de um casal, quem mais sofre são os filhos.

E não deixa de ser uma grande verdade pois, vemos nos dias atuais, uma grande degradação da família e o resultado visível é um crescimento vertiginoso de crianças e jovens partindo para a amarginalidade e, quando consultados por alguém sobre suas atitudes, vem logo a degradação familiar.

Nem todo casal, quando da separação, aceita de bom grado a figura do guardião dos filhos e utilizando de formas sorrateiras, buscam minar a convivência de forma que, posteiormente, com uma figula de bom moço ou boa moça, vem às portas da justiça para pedir que passe a ser o novo guardião, visto que não há convivência harmônica entre os filhos e o entigo guardião.

É bom lembrar que da alienação parental, poderá surgir a Sindrome de Alienação Parental que é o resultado da campanha mesquinha e difamatória, elaborada por um dos cônjuge, quando da separação e resulta em problemas emocionais afetando o psicológico da criança.

Para profissonais da saúde é uma doença que necessariamente terá que ser tratada podendo até, muitas vezes ser irreversível e com resultados catastróficos para o resto da vida.

Hoje, com o advendo da Lei 12.318 de 26 de agosto de 2010 o ente público buscou criar mecanismos para coibir os abusos praticados nas separações de casais, protegendo a criança e o adolescente dos resultados das brigas que, muitas vezes, poderiam ser evitadas, sendo mantida uma convivência pacífica entre os pais, com o grande propósito de amenizar ao máximo as sequelas deixadas quando de uma separação do casal.













quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quem é você?

Todos nós temos um amor.

Óbvio que, muitas vezes, é um amor especial – como se todos os amores não fossem especiais, porém podemos achar que existe um amor mais especial do que outro.

Já me perguntaram quem é você e de forma diferente expliquem sobra pessoa especial que é você.

Tentarei fazer com que seja descoberta de forma fácil e todos possam saber como é especial meu amor.

Digo para a pessoa que, se ela:

Já dançou na chuva...

Já degustou o mais puro vinho...

Já sentiu um “cafuné” feito por uma pessoa especial...

Já dormiu um sono gostoso...

Já saciou sua fome com algo bem saboroso...

Já caminhou de mãos dadas descalço em uma praia...

Já abençoou seu filho...

Já foi abençoado por seus pais...

Já acalentou uma criança...

Já ouviu um conselho de um velho...

Já sentiu o aroma de uma flor...

Já admirou o voar de um beija flor...

Já deu e ganhou um abraço gostoso...

Já bebeu água de uma bica, com a concha feita com suas mãos...

Já se pegou sonhando acordado...

Já ouviu uma música imaginando ter sido feita para a amada...

Já se pegou juntando flores silvestres para enfeitar uma mesa...

Já chorou por sentir saudades...

Já sentou na calçada esperando por seu amor...

Já beijou com intensidade ouvindo sons de fogos...

Já notou que sua amada trocou a cor do esmalte ...

Já disse que acha as gordurinhas de seu amor um charme...

Já enxugou as lágrimas dela...

Já mergulhou em uma água límpida e geladinha...

Já ganhou “aquele” sorriso ao despertar...

Já colocou seu amor no colo...

Já contou os dias e as horas que faltam para pegá-la nos braços...

Já dormiu com sua amada “de conchinha”...

Já sentiu o prazer de uma dança...

Já sentiu “aquele prazer” como se fosse o último...

Já amor de verdade quando dizia que não amaria ninguém...

Então, com certeza, você sabe quem é meu amor.





segunda-feira, 15 de julho de 2013

Crise

Todos os dias, conversando com amigos que possuem comércio, verifico que a choradeira é geral.


Também verifico, por ser consumidor que o mercado está parado. Todo mundo reclamando do marasmo e das poucas vendas.

Tenho uma amiga cabeleireira que disse só ir ao seu comércio hoje em dia, quando alguma cliente marca hora, pois não adianta ficar lá, gastando energia elétrica e perdendo seu tempo já que poucos “gatos pingados” aparecem por lá.

No boneco do Pernambuco, quando passo por lá, verifico que uma ou duas mesas estão ocupadas – exceto em dias de jogos do Brasil.

Verifico que no bar “do Calça” tem mais gente brincando com cartas que tomando uma geladinha.

A paradeira tá brava.

Ninguém consegue levantar voo no comércio.

Por força de meu ofício, converso com muitos comerciantes que reclamam da falta de dinheiro em circulação, que tem de pagar muitos tributos, que também há prejuízos por ter de manter estoques e que dependendo do ramo de comércio, tais estoques ou vencem suas datas de fabricação, ou estragam de forma natural – como legumes e verduras – ou saem de moda, nos casos de confecções e calçados.

Vejo também no comércio que muitas empresas estão vivendo mais de fazer promoções de seus produtos do que das vendas corriqueiras do dia a dia.

Tem comerciante vendendo o almoço para comprar a janta. É uma realidade.

Tem comerciante que preferiu fechar as portas, transformando seu estabelecimento comercial em salas de escritório e alugar, tendo um rendimento melhor do que tinha quando passava o dia todo para vender alguns poucos produtos e arrecadar parcos trocados.

De tudo que foi ouvido e vido por mim, ontem cheguei a uma conclusão:

Os comerciantes empresários estão chorando de barriga cheia, pois se o seu produto ou serviço não está vendendo, poderiam todos enveredar-se para outro ramo do mercado.

Ontem tive a certeza que nem todos estão à míngua.

Verifiquei e fiquei de boca aberta com um segmento de mercado que está “de vento em poupa”, sem prejuízo, sem desgaste, sem reclamação.

O segmento não precisa ter estoques e por consequência não terá prejuízo se o pr5oduto vencer ou de sair da moda.

Basta o proprietário ter um ponto comercial, pouco papel, tinta para impressora, caneta para assinatura, uma ou duas máquinas fotocopiadoras, alguns funcionários que não necessitam ter qualquer experiência de mercado e pronto.

Temos um ramo de mercado que “é só alegria”.

Necessitei reconhecer minha assinatura em dois documentos e paguei a bagatela de treze reais e alguns centavos para a moça dar uma olhadinha, conferir minha assinatura e pegar o visto da chefa, o que não demorou nem cinco minutos.

Passei mais tempo na fila para ser chamado do que para ser atendido.

Então, para os comerciantes e empresários que estão chorando a o marasmo do comércio, basta abrir um cartório e pronto os problemas estão resolvidos.

Se é que conseguirão entrar em tal filão.

Quebradeira de mercado?

Não para tão bom segmento, os cartórios em geral.

Agora, quanto entrar no ramo, são outros quinhentos.