terça-feira, 21 de setembro de 2010

Lei do dedo limpo

Com o advento da “Lei da Ficha Limpa”, estou propondo a criação também da “Lei do dedo limpo”.
Em outras palavras o que quero dizer é, o sujeito que tem dedo sujo jamais poderá ter moral para apontar o defeito dos outros.
Vejo que algumas figurinhas carimbadas de governos passados, hoje apenas criticam e com maior cada de pau, chamam outros colegas de ladrões.
Ora bolas...
Que moral tais figurinhas possuem para chamar alguém de ladrão, possuindo um patrimônio que deixa margem para todas as dúvidas possíveis e imagináveis.
São assalariados e jamais poderiam ter amealhado tanta fortuna.
Se fosse o caso de um médico ou advogado de renome, ou até mesmo um jogador de futebol bem sucedido ou um pagodeiro de sucesso, até poderia justificar tanto dinheiro, mas funcionário público com tantos “tostões” é meio difícil.
Nos botecos da vida, vemos cada cara de pau criticando todo mundo e considerando, em sua ótica, os outros, ladrões.
Sujeito mais sujo do que “pau de galinheiro” e assim mesmo vivem a criticar o feito dos outros como se, o crítico, fosse angelical.
Em tempos nem tão remotos, vi situações que o decreto de posse no cargo público para algumas figurinhas, também ocorria a indulgência[1] de todos os pecados pretéritos.
Quer dizer: quando o sujeito assumia um cargo, o decreto de nomeação o perdoava de todos os pecados, pois a primeira atitude do sujeito era chamar todos seus novos subordinados e fazer terrorismo.
Passa a partir da data de nomeação a acusar todos de mazelas que, muitas vezes, o novo “chefe” também compactuava.
Víamos o novo honesto criticar tudo que todos faziam, muitas vezes, em conjunto como se o referido não tivesse qualquer pecado.
Em resumo:
“_Não aponte meus defeitos com esse seu dedo sujo.”


[1] - Perdão concedido às penas temporais causadas pelo pecado, ou seja, para reparar o mal causado como consequência do pecado, através de boas obras.

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