sexta-feira, 25 de abril de 2008

A empresa viva

Uma indagação interessante:
Qual o motivo de grande parte das empresas no Brasil não serem perenes?
Podemos afirmar que somos o país com maior número de mortalidade de empresas no primeiro ano, no mundo. No Estado de Rondônia, a quantidade de empresas, segundo a Secretaria de Finanças do Estado, que iniciam suas atividades e não conseguem atingir o segundo ano é alarmante.
Podemos assegurar que é por incompetência administrativa ou incapacidade empresarial das pessoas que, achando ser uma tarefa fácil o ramo comercial e por estarem sem muitas perspectivas perante o empregador-mor[1]?
Possuímos um circulo vicioso nas empresas que muitas não querem qualificar seus funcionários por entenderem que seria uma despesa sem retorno já que alguns estão trabalhando pelo período suficiente para arranjar novo emprego – de preferência no setor público – por sua vez, o empregado não quer buscar qualificação visto que em seu íntimo entende que sua vida no comercio será apenas até conseguir “algo” melhor.
O famoso Custo Brasil[2] é um dos grandes entravas para a sobrevivência das empresas, não importando o ramo ou seu tamanho. Sabemos ser caro demais o crédito em um país em que a máquina estatal está defasada e vive apenas dos tributos cobrados, sem qualquer esforço para reduzir seus gastos.
O volume de cheques sem fundos, em torno de 15.000.000 (quinze milhões) emitidos todos os anos, sem que haja uma política judiciária que puna tal atitude. o que mostra que não só as empresas, mas as pessoas também estão quebrando.
Se as pessoas não possuem capital ou crédito, não conseguem adquirir bens ou serviços, conseqüentemente, as empresas não irão produzir ou vender e assim gera-se uma bola de neve que somente prejudica a economia.
O modelo da "Empresa Viva" tem componentes fundamentais que mostram o estágio que a organização se encontra. Uma empresa só sobrevive quando muda e cresce. Para morrer, basta andar mais devagar do que a concorrência ou do que aquilo que o cliente exige; basta não acompanhar a velocidade com que as coisas acontecem.

[1] Temos o grande defeito de que o bom emprego será sempre o governo, quer seja da União, dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios ou de suas respectivas autarquias.
[2] Quantum cobrado de tributos, ou seja, a carga tributária existente no Brasil.

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