Mais uma vez teremos que nos adaptar às novas regras ditadas pelo governo. Parodiando um pouco Carlos Heitor Cony, um dos imortais com opinião contra a nova ortografia, “a língua brasileira é igual música, tem que vir do desejo do povo”.
Entendo que já é complicado escrever corretamente – podemos notar alguns erros em meus escritos – sei que existem. Imaginem a bagunça institucionalizada que teremos iniciando em janeiro de 2.009 até dezembro de 2.012, quando encerrará o prazo para a nova ortografia estar implantada no Brasil.
Um pouco do que entendi, tentarei passar aqui no presente artigo.
Inicialmente – fácil de entender: nosso alfabeto passa de 23 para 26 letras, incluindo o “K”, “W” e o “Y” – não temos que reclamar muito, pois já eram utilizadas normalmente em nome de produtos, pessoas, marcas, etc.
Seguindo a reforma, temos o desaparecimento, para palavras na língua pátria, do “TREMA”, que permanecerá, apenas nas palavras estrangeiras. Por exemplo: “cinqüenta”, “aqüífero”, “bilíngüe”, “agüentar”, serão pronunciadas sem o famoso acento. Veja que, não poderemos torcer o nariz para as pessoas que não conhecerem a pronúncia e falarem diferente da forma que conhecemos.
O “ACENTO AGUDO” desaparece dos ditongos abertos – “EI” e “OI”. Palavras como “heróico” e “idéia” não serão mais acentuada.
O “ACENTO CIRCUNFLEXO” deixa de existir nas palavras com duplo “O” ou “E”, ou seja, palavras como “vôo”, “enjôo”, “crêem”, “lêem”, “dêem” não serão mais acentuadas. Para muitos, um alívio.
Outra novidade ocorre quando de acento diferencial. O “ACENTO AGUDO” e o “ACENTO CIRCUNFLEXO”, quando forem diferenciar palavra, deixarão de existir. Temos como exemplo a palavra “pára”, do verbo parar, com a preposição “para”, não haverá diferença. No caso de “pêlo”, substantivo e “pelo”, da combinação de “per” mais “lo”, ficarão iguais.
A briga feia deixamos para o final. O “HÍFEN”. Quando o segundo elemento da palavra começar com “R” ou “S”, a consoante deverá ser dobrada e o hífen sumir. Palavras como “anti-semita”, “anti-religioso” ou “contra-regra” serão grafadas como “antissemita”, antirreligioso ou contrarregra. (Estranho não é?).
Para você que estava achando tudo legal e sem problemas, calma! Vem aí a exceção: quando o prefixo terminar em “R” e o segundo elemento iniciar também em “R”, se mantém o “hífen”, como por exemplo, “super-resistente” ou “hiper-resistente”. (Não pergunte a mim o motivo).
Alguns vocábulos, como “pára-quedas” ainda não existe uma definição de o que ocorrerá, podendo a ABL – Academia Brasileira de Letras, criar normas para os espaços deixados pela legislação que implantou a nova ortografia.
No mais, vamos todos estudar mais um pouco da língua pátria para fazermos bonito, como sempre fazemos e tocar a bola pra frente.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
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Um comentário:
Tens toda razão Orlando Junior... ops! será que ainda tem acento a palavra Junior? brincadeirinha. Realmente continuaremos sofrendo com lingua portuguesa ... mais nao se preocupe, pois quando estivermos acostumando com essas mudanças logo surgirão outras.
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