quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A distância dói...


Ao longo de meus quase sessenta anos, já ouvi e senti vários tipos de dores.
Ouvi dizer que o desprezo dói...
Também ouvi dizer que as palavras duras e injustas machucam...
Já senti na pele a dor da saudade.
Claro que sei que se nos machucamos ou nos machucarem fisicamente dói e dói muito.
Sei, e como sei que se nos ferirem, quer seja de forma física ou psicológica a dor é demais, se bem que a recíproca é verdadeira.
Tem também a dor da alma...
A alma ferida sofre com a dor pelo simples fato de estar machucada por dentro.
Agora, pensem em uma "dorzinha fdp" que machuca para "baralho" é a dor da distância de quem amamos.
Quando a pessoa que você ama está longe.... muito longe...
O pior é que a dor da distância é uma dor antecipada, não dói quando acontece o fato. Ela passa a doer no momento em que você fica sabendo que a pessoa amada irá partir.
Sabe aquela pontadinha no coração ao saber da notícia da partida? É ela mesmo senhor...
Sim, você sente a dor no momento em que a pessoa amada lhe diz que vai partir.
Ela ainda está ao seu lado, só que a dor também está presente.
Não importa se a pessoa amada está perto/longe ou longe/longe. A dor existe e machuca por demais pois a distância...
A distância é o abismo entre você e a pessoa amada.
Não importa se tem telefone, "zapzap", sinal de fumaça, "face" ou outro meio qualquer para se comunicar com a pessoa amada.
Você não está aqui...
A distância nos machuca...
Volta...
Vem...
Chega aqui no nosso cantinho.
Me abraça, me beija, me faz cafuné...
Me toca, me roça, me chamega...
Vamos nos amar como sabemos amar, com maestria.
A grande vantagem da distância é que a saudade aumenta e que sabemos que a dor tem prazo certo para sumir.
 É na hora que você chegar.
Parafraseando Raimundo Fagner: "...o meu olhar vai dar uma festa meu coração, na hora que você chegar...", pois você chegando, me dando "aquele abraço" minhas dores todas irão sumir.

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