Ao
longo de meus quase sessenta anos, já ouvi e senti vários tipos de dores.
Ouvi
dizer que o desprezo dói...
Também
ouvi dizer que as palavras duras e injustas machucam...
Já
senti na pele a dor da saudade.
Claro
que sei que se nos machucamos ou nos machucarem fisicamente dói e dói muito.
Sei,
e como sei que se nos ferirem, quer seja de forma física ou psicológica a dor é
demais, se bem que a recíproca é verdadeira.
Tem
também a dor da alma...
A
alma ferida sofre com a dor pelo simples fato de estar machucada por dentro.
Agora,
pensem em uma "dorzinha fdp" que machuca para "baralho" é a
dor da distância de quem amamos.
Quando
a pessoa que você ama está longe.... muito longe...
O
pior é que a dor da distância é uma dor antecipada, não dói quando acontece o
fato. Ela passa a doer no momento em que você fica sabendo que a pessoa amada
irá partir.
Sabe
aquela pontadinha no coração ao saber da notícia da partida? É ela mesmo
senhor...
Sim,
você sente a dor no momento em que a pessoa amada lhe diz que vai partir.
Ela
ainda está ao seu lado, só que a dor também está presente.
Não
importa se a pessoa amada está perto/longe ou longe/longe. A dor existe e
machuca por demais pois a distância...
A
distância é o abismo entre você e a pessoa amada.
Não
importa se tem telefone, "zapzap", sinal de fumaça, "face"
ou outro meio qualquer para se comunicar com a pessoa amada.
Você
não está aqui...
A
distância nos machuca...
Volta...
Vem...
Chega
aqui no nosso cantinho.
Me
abraça, me beija, me faz cafuné...
Me
toca, me roça, me chamega...
Vamos
nos amar como sabemos amar, com maestria.
A
grande vantagem da distância é que a saudade aumenta e que sabemos que a dor
tem prazo certo para sumir.
É na hora que você chegar.
Parafraseando
Raimundo Fagner: "...o meu olhar vai dar uma festa meu coração, na hora
que você chegar...", pois você chegando, me dando "aquele
abraço" minhas dores todas irão sumir.