Acredito que com o pós copa do mundo do Brasil, de 2014,
estamos vivendo a famosa Síndrome de Estocolmo em relação a Seleção da
Alemanha.
Para quem não sabe o que é, se trata de um estado psicológico
no qual, uma pessoa, quando submetida a um tempo prolongado de intimidação,
passa a simpatizar, ter amizade ou até mesmo amar o seu agressor.
Seu nome é em referência ao assalto de Norrmalmstorg – ocorrido eu 23 de
agosto de 1973, a no centro comercial de Estocolmo, capital da Suécia, onde três mulheres e um homem
foram feitos reféns em um assalto a um banco, que durou seis dias.
Como é de conhecimento, os reféns passaram a ter uma relação
especial com os raptores, e hoje conhecemos como Síndrome de Estocolmo.
Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus algozes
– assim como está acontecendo nos dias atuais, com a seleção alemã, por
torcedores do Brasil, após termos levado uma lavada de 7 x 1 e acharmos que os
“alemães são bonzinhos”.
Até concordo que em fábulas escritas por La Fontaine, Esopo
ou especialmente na escrita por Barbol,
“A bela e a Fera”, um clássico da que descreve a história de uma
garota bonita e inteligente que é vitima de cárcere privado por uma fera, e ao fim
passa a ter um relacionamento afetivo e se casa com a fera a síndrome seja
aceita.
Tudo bem que em contos de fadas até vale uma referência a
Síndrome de Estocolmo, porém, nos dias atuais, em relação ao futebol e ao
vexame que passamos, entendo que já é demais para minha cabecinha.
Nas redes sociais, vejo grande parte da população
futebolística brasileira, sofrendo da famosa síndrome, no momento em que a
seleção alemã passou de algoz a ídolo, ao ponto de muita gente achar normal o
resultado do jogo, apenas pelo fato deles não terem tripudiado em cima, como
poderia ter acontecido se o resultado fosse contra a equipe da Argentina.
Desculpem-me os cordeirinhos de plantão.
O chocolate que pegamos, sendo da Alemanha, Argentina, Holanda
ou qualquer outra seleção de futebol do mundo é ridículo e merecedor da mais
veemente crítica.
Surra é surra não importando se foi de pouco ou de muito.
Meus brios de torcedor e de brasileiro estão feridos.
Sou penta campeão do mundo em futebol e qualquer resultado
que o desejo do hexa campeonato sofresse solução de continuidade seria para mim
uma vergonha, visto que, teoricamente temos jogadores de primeira grandeza, com
salários dignos para o nível dos mesmos, uma estrutura invejável para
atendimento e treinamento e mais, fomos derrotados no quintal de casa.
No caso da síndrome, é importante observar que o processo
ocorre sem que a vítima tenha consciência disso, porém na vida real, hoje na
copa do mundo, eu tenho consciência do que está acontecendo.
O que posso entender é que como na Síndrome de Estocolmo, em
que a mente do algoz – no caso a Alemanha – fabrica uma estratégia ilusória
para proteger a psique da vítima – a Seleção do Brasil – eu
como bom brasileiro, torcedor fanático e decepcionado, não com o resultado e
sim com a forma que ocorreu, não posso concordar nunca, jamais.
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