Mais um ano de reclamações de falta de pagamento por trabalho realizado nas diversas campanhas de diversos políticos.
Mais um ano de denúncia de compra de votos, abuso do poder econômico, abuso do poder financeiro etc.
Sabe-se que nossa memória às vezes pode falhar; nem sempre consegue-se distinguir o que é novo do que já era conhecido. Eu já li este livro? Já assisti a este filme? Já estive neste lugar antes? Eu conheço esse sujeito? - essas são perguntas corriqueiras de nossa vida.
Tem-se a sensação esquisita de estar revivendo alguma experiência passada, sabendo que é materialmente impossível que ela tenha algum dia ocorrido. Mas, o que é mais intrigante nesta questão é o fato do indivíduo poder, nestas circunstâncias, experimentar esta estranha sensação de já ter vivenciado o que lhe ocorre, e além disso, também poder relatar quais serão os acontecimentos seguintes que se manifestarão nesta sua experiência.
Do alto de meus 52 anos de idade – bem vividos por sinal – vejo todo ano eleitoral a mesma festa de reclamações que as pessoas fazem, ou por terem trabalhado em campanhas e não recebido, ou por terem alugado casa, carro, moto, terreno e qualquer coisa que pode ser “alugada” para apoiar a campanha dos candidatos ou por a famigerada compra de votos ou até mesmo, a nova modalidade de denúncia, o abuso do poder econômico ou político.
Parece até mesmo que é filme já passado em outras épocas.
Alguns editoriais poderiam ficar guardados em arquivos, preferencialmente em “CD”, para evitar que o arquivo seja perdido e nas próximas eleições, somente mudar o nome do candidato que deu “o tombo” nos incautos e publicar novamente.
Não é necessário fazer outra mataria, nem perder tempo digitando novamente. É suficiente trocar o nome do candidato que outrora lesou seus funcionários e colocar no nome do novo malandro.
Já vi gente reclamando que foi “formiginha” nada recebeu.
Vi jornalista reclamando que trabalhou – e muito – e somente recebeu quando resolveu jogar titica no ventilador.
Vi gente que alugou casa para servir de comitê e está hoje na rua da amargura, sem ver a cor do dinheirinho suado – muitos abriram mão de suas residências – indo morar na casa de parentes para aproveitar a “alta estação” de aluguel.
Por incrível que pareça, não vejo as autoridades constituídas tomarem uma providência, a não ser que no pleito de 2010 seja diferente.
Não sei que o candidato caloteiro pode ser incluído dentre os “fichas suja”.
Seria um bom tema para debate na Corte Maior do Brasil.
Qualquer candidato que não honrasse seus compromissos com as pessoas que ele contratou, não importando o tipo de contrato, se para prestação de serviços ou aquisição de bens, poderia ir para o cadastro de ficha suja.
Como falei no início da matéria, parece que já vi esse filhe em outras épocas da política quer seja nacional ou de Rondônia.
A Psicologia tem um nome para tal fenômeno: déjà vu que é uma reação psicológica fazendo com que sejam transmitidas idéias de que já esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo. O termo é uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto.
Com certeza, no ano de 2010 estou vivendo o fenômeno déjà vu.
E não é a banda de rock de São Paulo, com certeza.
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