Tive o grande prazer e a satisfação de, em 2002, conhecer uma pessoa muito especial, quando fui contratado pela Faculdade UNIRON, para lecionar naquela instituição de ensino quando ainda funcionava nas instalações do Colégio Granjeiro, na estrada que vai para o cemitério municipal.
Nosso grupo era de apenas não mais que vinte professores.
Era um grupo especial, todos se conhecendo aos poucos e dessa forma, conheci a pessoa de quem estou escrevendo.
Tivemos muitas lutas para poder levar as turmas dos acadêmicos a compreender que ali não era mais o Ensino Médio. Eles estavam cursando uma Faculdade.
Na luta, havia uma troca de conhecimento entre os professores, objetivando um aprimoramento para levar aos acadêmicos o melhor.
Lembro bem de, no segundo horário entrar em uma turma de Administração com ênfase em Marketing e ver o maior reboliço e ao perguntar o motivo, fui informado que havia saído da sala, no horário anterior, uma professora baixinha, cheia de marra e que tinha falado muito.
Ao perguntar, disseram que a disciplina era Metodologia e que a professora nunca tinha lecionado em faculdade.
Perguntei sobre a qualidade das aulas. Todos foram unânimes em elogiar os métodos e as formas da professora ministrar as aulas – só que a reclamação de que era uma debutante na faculdade e não seria justo lecionar para eles.
Ponderei como professor de Teoria Geral da Administração, de que qualquer pessoa, inclusive eles, teriam que um dia iniciar em um trabalho ou atividade, ou seja, um dia eles iriam também debutar em uma atividade qualquer na vida profissional.
Todos nós temos chance de mostrar nosso trabalho.
Todos entenderam que a qualidade das aulas da professora não estava em discussão, apenas ser iniciante na área.
Alguns meses depois, quando de uma confraternização da turma, fui convidado a participar e recebi o pedido para que a professora também fosse convidada.
Questionei com eles quanto a marra que os mesmos tinha com a citada pessoa e recebi a informação de que o processo tinha mudado da água para o vinho.
Recebi com satisfação a informação de que a professora estava dando conta do recado com qualidade ímpar.
Mudamos para o prédio novo, onde hoje funciona a UNIRON e aa dita professorinha foi embora. Foi para outra instituição de ensino superior.
Mantivemos nosso nível e amizade, elaboramos inúmeros trabalhos científicos e profissionais e estamos batalhando para a criação de duas escolas em Rondônia.
De minha parte a Escola Superior de Administração Tributária e ela, com a Escola da Secretaria de Justiça, objetivando atender os adolescentes em conflito com a lei.
Quero crer que seremos contemplados com nossos objetivos.
Vi o trabalho da professora feito com paixão e coração.
A professorinha cresceu e buscando aprimoramento foi voar mais alto.
Fez inscrição em mestrado, foi aproada e classificada para o curso, sofreu desgaste com viagem, distância da família e agora colhe os frutos.
Tive a alegria de ver o Certificado de Mestra em Educação da Professora Raika Fabíola Guzman da Silva.
Parabéns Mestra.
Parabéns minha amiga.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Simpatia
Parece que a minha brincadeira de escrever sobre alguns “causos” de Porto Velho está dando frutos.
Recebi a cobrança do amigo Delman Saldanha para contar alguns ocorridos com o também amigo Raimundo Holanda.
Com certeza já tenho alguns causos praticamente escritos sobre tão singela figura que é o Raimundinho.
Porém, no domingo, entre uma cerveja e outra, soube de um causo que não poderia deixar de ser contado hoje.
Dizem que Dona Geralda Ibiapina, grande torcedora do Ferroviário e fã incondicional do saudoso Chiquilito Erse, que morava na Abunã com a Julio de Castilho, criava galinhas por esporte, visto que não comia nenhuma de suas preciosas penosas – até mesmo quando eram vítimas do trânsito, quem comia era a vizinhança – claro que com autorização de Dona Geralda.
Pois sim, vamos lá.
Dona Geralda, com maior carinho com suas galinhas e um dia Seu Ramiro, esposo dedicado, encontrou um autêntico vira-latas novinho na rua, sem pai nem mãe e resolveu levar para ser criado juntamente com as galinhas e assim, evitaria que no sábado de Aleluia fossem roubadas e sacrificadas em homenagem aos gatunos de plantão.
O cachorro foi crescendo e achou uma forma de ser pago: passou a comer alguns ovos que estavam para ser chocados.
Dona Geralda inconformada passou a marcar cerrado tanto o cachorro como o Seu Ramiro, buzinando seu blá blá blá para ver se alguma providência era tomada.
Seu Ramiro, com a calma que Deus lhe deu, não levou a reclamação a sério e nada fez com o cachorro comedor de ovos.
Até sua paciência não aguentar mais, falou pra Dona Geralda cozinhar um ovo e por na boca do cachorro que ele jamais iria comer novos ovos.
Dona Geralda fez a simpatia e depois de mais de um mês, volta a reclamar para Seu Ramiro que nada estava acontecendo, pois o cachorro continuava a devorar os futuros pintinhos.
Seu Ramairo, muito experiente falou que não acreditada como também não entendia o que ocorria, pois tal simpatia era “tipo e queda”.
Dona Geralda não sabendo o motivo da simpatia não funcionar acreditando que era questão de tempo, continuou a cozinhar ovos e dar ao cachorro.
E tal simpatia não iria dar certo nunca.
Certo dia, Seu Ramiro chega mais cedo do trabalho e encontra Dona Geralda sentada no batente da porta da sala, com o cachorro sentado ao seu lado, alguns ovos cozidos em um prato no seu colo.
Descascava ovo por ovo, passava sal e dava ao cachorro.
Assim, até eu queria ser o cachorro dela.
Recebi a cobrança do amigo Delman Saldanha para contar alguns ocorridos com o também amigo Raimundo Holanda.
Com certeza já tenho alguns causos praticamente escritos sobre tão singela figura que é o Raimundinho.
Porém, no domingo, entre uma cerveja e outra, soube de um causo que não poderia deixar de ser contado hoje.
Dizem que Dona Geralda Ibiapina, grande torcedora do Ferroviário e fã incondicional do saudoso Chiquilito Erse, que morava na Abunã com a Julio de Castilho, criava galinhas por esporte, visto que não comia nenhuma de suas preciosas penosas – até mesmo quando eram vítimas do trânsito, quem comia era a vizinhança – claro que com autorização de Dona Geralda.
Pois sim, vamos lá.
Dona Geralda, com maior carinho com suas galinhas e um dia Seu Ramiro, esposo dedicado, encontrou um autêntico vira-latas novinho na rua, sem pai nem mãe e resolveu levar para ser criado juntamente com as galinhas e assim, evitaria que no sábado de Aleluia fossem roubadas e sacrificadas em homenagem aos gatunos de plantão.
O cachorro foi crescendo e achou uma forma de ser pago: passou a comer alguns ovos que estavam para ser chocados.
Dona Geralda inconformada passou a marcar cerrado tanto o cachorro como o Seu Ramiro, buzinando seu blá blá blá para ver se alguma providência era tomada.
Seu Ramiro, com a calma que Deus lhe deu, não levou a reclamação a sério e nada fez com o cachorro comedor de ovos.
Até sua paciência não aguentar mais, falou pra Dona Geralda cozinhar um ovo e por na boca do cachorro que ele jamais iria comer novos ovos.
Dona Geralda fez a simpatia e depois de mais de um mês, volta a reclamar para Seu Ramiro que nada estava acontecendo, pois o cachorro continuava a devorar os futuros pintinhos.
Seu Ramairo, muito experiente falou que não acreditada como também não entendia o que ocorria, pois tal simpatia era “tipo e queda”.
Dona Geralda não sabendo o motivo da simpatia não funcionar acreditando que era questão de tempo, continuou a cozinhar ovos e dar ao cachorro.
E tal simpatia não iria dar certo nunca.
Certo dia, Seu Ramiro chega mais cedo do trabalho e encontra Dona Geralda sentada no batente da porta da sala, com o cachorro sentado ao seu lado, alguns ovos cozidos em um prato no seu colo.
Descascava ovo por ovo, passava sal e dava ao cachorro.
Assim, até eu queria ser o cachorro dela.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Dia dos namorados
Está chegando o dia dos namorados, antes dele, já tivemos o dia da mulher, dia das mães e depois teremos dia dos pais, aniversários, natal, etc.
Uma coisa é certa: temos que comprar presentes.
Tenho uma amiga que reclamou quando falei que apenas são dias criados pelo comércio para vender mais.
Então, vem chegando o dia dos namorados.
Como raramente alguém que não tem namorado ou namorada – alguns possuem as duas coisas – vamos comprar presentes.
Conversando com meus botões, fiquei em uma dúvida cruel. O que comprar para a namorada.
Pensei em perfumes, porém vi que a carga tributária para um perfume importado, chega à casa dos 70 % (setenta) por cento. Seria um ótimo presente, visto que eu poderia também utilizá-lo, passando em mim ou simplesmente saboreando com meu olfato.
Não deu, está caro demais para o orçamento.
Vi também que uma jóia é um presente que mulher nenhuma rejeita. Então, vai uma jóia.
Não deu, a jóia é tributada em média de 50% (cinquenta) por cento. Lá se foi meu sonho de presentear a digníssima com uma jóia.
Parti para uma pesquisa sobre quanto é a parte que tenho de dar também de presente para o governo quando compro um presente para dar a alguém.
Vi que toda vez que dou um presente, quer seja para a namorada, para amigos, para filhos, pais ou irmãos não posso esquecer que tenho de comprar um também para o governo.
É igual quando somos convidados para aniversário de criança com um irmãozinho. O bom senso manda que levemos dois. Um para cada.
Então, voltemos ao dia dos namorados.
Encontrei eletroeletrônicos, eletrodomésticos, e vários outros tipos de eletros.
E sempre tenho que dar praticamente a metade do que comprar ao governo, como tributo.
Pesquisei até chegar a um jantar.
Não um jantar qualquer, um jantar romântico. Ponha romântico na conversa.
Jantar a luz de velas, com direito a música, comida de primeira e um lugar paradisíaco.
Pronto.
Resolvi.
Será um jantar.
Quase tudo resolvido para deixar dona patroa nas nuvens.
Desisti ao saber que o jantar seria a três.
Um convidado nada romântico e inoportuno para o momento.
Teríamos que contar com um furão para o momento – e não era o Boi, primo do Qualhada – era um autêntico segura velas.
Eu, ela e o governo.
Uma coisa é certa: temos que comprar presentes.
Tenho uma amiga que reclamou quando falei que apenas são dias criados pelo comércio para vender mais.
Então, vem chegando o dia dos namorados.
Como raramente alguém que não tem namorado ou namorada – alguns possuem as duas coisas – vamos comprar presentes.
Conversando com meus botões, fiquei em uma dúvida cruel. O que comprar para a namorada.
Pensei em perfumes, porém vi que a carga tributária para um perfume importado, chega à casa dos 70 % (setenta) por cento. Seria um ótimo presente, visto que eu poderia também utilizá-lo, passando em mim ou simplesmente saboreando com meu olfato.
Não deu, está caro demais para o orçamento.
Vi também que uma jóia é um presente que mulher nenhuma rejeita. Então, vai uma jóia.
Não deu, a jóia é tributada em média de 50% (cinquenta) por cento. Lá se foi meu sonho de presentear a digníssima com uma jóia.
Parti para uma pesquisa sobre quanto é a parte que tenho de dar também de presente para o governo quando compro um presente para dar a alguém.
Vi que toda vez que dou um presente, quer seja para a namorada, para amigos, para filhos, pais ou irmãos não posso esquecer que tenho de comprar um também para o governo.
É igual quando somos convidados para aniversário de criança com um irmãozinho. O bom senso manda que levemos dois. Um para cada.
Então, voltemos ao dia dos namorados.
Encontrei eletroeletrônicos, eletrodomésticos, e vários outros tipos de eletros.
E sempre tenho que dar praticamente a metade do que comprar ao governo, como tributo.
Pesquisei até chegar a um jantar.
Não um jantar qualquer, um jantar romântico. Ponha romântico na conversa.
Jantar a luz de velas, com direito a música, comida de primeira e um lugar paradisíaco.
Pronto.
Resolvi.
Será um jantar.
Quase tudo resolvido para deixar dona patroa nas nuvens.
Desisti ao saber que o jantar seria a três.
Um convidado nada romântico e inoportuno para o momento.
Teríamos que contar com um furão para o momento – e não era o Boi, primo do Qualhada – era um autêntico segura velas.
Eu, ela e o governo.
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