O Brasil, em razão de sua grande extensão territorial, com dimensões continentais, vem enfrentando um problema antigo como a humanidade, que cada vez mais está entrando, sem pedir licença, nos lares não importando a classe social ou o nível intelectual das pessoas.
O Poder Público busca parceria solidária em todos os ramos da sociedade, objetivando extirpar tão medonha praga que aflora de todos os lugares e já conseguimos o apoio popular e porque não dizer, que a nação brasileira resolveu juntar-se para enfrentar o inimigo mortal que são as drogas.
Instituições não governamentais como a Ordem dos Advogados do Brasil, as Igrejas sem distinção de credo, sem importar-se com sua linha religiosa, as Universidades e outros, estão de mãos dadas para não apenas evitar a entrada de jovens ao mundo das drogas, como também resgatar aqueles que já estão viciados, trazendo-os de volta ao seio das famílias da sociedade.
Nosso país faz fronteira com quase todos os países da América do Sul, e por tal motivo, no início do século XX, até meados dos anos 1960 era apenas rota do tráfego de drogas produzidas nos países fronteiriços, como Bolívia e Colômbia.
Não houve uma preocupação séria de nossos governantes visto que se tratava apenas de rota. Daí foi fácil o crescimento da rota e o problema agravou-se, pelo fato de que não ficamos apenas como porta e sim, passamos a ser consumidores importantes das drogas, principalmente maconha e cocaína, embora já verificamos a presença de derivados da cocaína, como por exemplo, o “crack”.
Hoje não somos apenas rota nem consumidores de drogas, infelizmente somos também produtores, principalmente da maconha que é plantada principalmente, em larga escala, no Estado de Pernambuco, em área irrigada com recursos federais, no nordeste do Brasil, considerada como a região mais pobre do país, sendo conhecida a área como “polígono da maconha”.
Não devemos pensar apenas nas drogas proibidas, como maconha, cocaína e seus derivados, ecstasy, heroína e outros e sim, devemos pensar também nas drogas legais, que estão em todos os locais, e aos olhos dos governantes, como o fumo e o álcool.
Cada vez mais estamos presenciando a entrada de jovens no mundo das drogas legais sem que haja um controle ou uma campanha para evitar tal situação. A idade das crianças que estão entrando no mundo das drogas, cada vez fica menor, já podendo presenciar crianças de oito anos consumindo produtos à base de álcool ou fumando.
Nos dias de hoje, o adolescente recebe um bombardeio de informações, quer seja por amigos, colegas ou a mídia em geral e assim, emerge uma curiosidade peculiar da idade, de forma que ele sente-se inteirado de tudo o que se passa ao seu redor.
Ao se falar em droga, com certeza iremos despertar sua curiosidade, aguçar seu interesse sobre o tema – o que é bom - e deve ser utilizada para a formação de conceitos sadios e precisos sobre as drogas e as desvantagens de seu uso.
Pais, professores e todos os membros do grupo que ele convive, devem, através de orientação segura e sem nenhum alarme, criar a condição necessária para que o adolescente se torne resistente aos assédios de maus amigos e traficantes, sem, contudo, criá-lo em uma redoma, pois pode-se criar um curioso nato e quando, da primeira oportunidade, procurar descobrir mais sobre drogas e cair em mãos erradas.
É na adolescência, ou pré-adolescência, que se deve dar maior destaque a um programa de caráter educativo preventivo sobre drogas, pois é durante esse período que o jovem acredita estar pagando mico[1] e resolvem, muitas vezes a contra gosto dos pais, saírem sozinhos para clubes, festas, escola ou casa de amigos.
Diante da vulnerabilidade do jovem que anda sozinho, o traficante fica na espreita, aguardando dar o bote para atacá-lo, como qualquer animal peçonhento que aguarda a oportunidade para atacar suas vítimas.
Podemos notar que o traficante, sabedores que nesta fase se consegue o viciado certo para o futuro, investe de forma maciça cada vez mais nos jovens e o notado nos dias de hoje: estão levando para o mundo das drogas meninos e meninas cada vez mais com tenra idade.
Não devemos ficar parados, devemos conta-ataca, de forma que, quanto antes iniciarmos nossa conscientização, mais forte ficaremos para lutar contra um inimigo tão perverso – o traficante e tenhamos certeza, não estaremos cometendo exagero algum.
[1] - Passar vergonha ou constrangimento entre os amigos, quando os pais o levam para qualquer lugar ou vão buscá-lo. Pagar mico (dar vexame).
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