terça-feira, 29 de abril de 2014

Bananas

Considerando que fui criando em família tradicionalmente religiosa, diga-se de passagem, católica e como dizia dona Maturina: Católica, apostólica romana sempre ouvi que somos fruto do Supremo Criador, estamos no mundo por criação.
Quando sentei nos bancos escolares, passei a ouvir que somos resultados de evolução, ou seja, descendemos dos macacos.
Agora, em abril de 2014, fomos “surpreendidos” com mais um caso de racismo, agora no futebol espanhol, em que um idiota, ou podemos também achá-lo, um estudioso do assunto, jogou uma banana pro atleta Daniel Alves, do time do Barcelona, e o danadinho do baiano, em um gesto aplaudível, recolheu a fruta do gramado, descascou-a e comeu, bateu o escanteio e que pena, não resultou em gol.
Seria a consagração de seu gesto um gol naquele momento.
No livro “Veio o homem a existir por evolução ou por criação?”, publicado em Inglês em 1967 e no Brasil em 1968 os autores assim escrevem “em quase todos os países do mundo ensina-se a doutrina da evolução. Os compêndios escolares sobre biologia e história apresentam a evolução como fato estabelecido.”
Em outras palavras, a ciência entende que somos frutos evolutivos e, portanto, partimos do mesmo tronco comum.
Agora, se formos pensar que somos resultados de criação, ou seja, viemos de Adão e Eva, que moravam no paraíso – e o restante todos conhece, também partimos de um tronco comum.
Ora, se tanto pela evolução como pela criação, partimos de um tronco comum, não há que se falar em raças diferentes, ou seja, brancos, negros, asiáticos, nórdicos, amarelos, ou outra qualquer raça.
Sou adepto da teoria de que não existem raças e sim raça: a humana e por conta de tal adesão, entendo ser muito idiota a discussão de que um ou outro ser humano é melhor.
Entendo que uns se destacam mais que outros em algumas habilidades, porém, todos nós somos hábeis em alguma coisa e defendo a tese de que somos todos doutores: cada um em sua especialidade – tem o melhor cirurgião, o melhor pedreiro, o melhor borracheiro, o melhor advogado, o melhor dentista e melhor... o melhor e o melhor. Cada um em sua especialidade.
No mesmo livro citado acima existe uma pergunta: Descendemos de um animal simiesco que viveu há milhões de anos?
Os autores também continuam a discussão de que mais cedo ou mais tarde, quase todos se confrontam com esta pergunta, especialmente os estudantes nos sistemas de educação desse mundo. Os instrutores e os compêndios destes estudantes ensinam que o homem descende dos animais através do processo da evolução.
Por outro lado, dizem os autores, a Bíblia ensina que Deus criou o home e todas as espécies de vida diretamente, não por processo de evolução.
No jornal americano Post de Houston, em um artigo publicado no dia 23 de agosto de 1964 há um comentário de que a evolução, em termos muito simples, significa que a vida progrediu os organismos unicelulares para o seu estado mais elevado, o ser humano, por meio duma série de transformações biológicas ocorridas durante milhões de anos.
No livro The river of life – O rio da vida – há uma citação de que “quando as coisas viventes saíram do mar para viver em terra, as barbatanas transformaram-se em pernas, as brânquias em pulmões, as escamas em pelos.”
Em resumo, temos a corrente que defende que somos frutos da evolução e temos a correte que defende sermos frutos da criação.
Então, bato na mesma tecla que somos por um lado ou por outro, resultados de um mesmo tronco comum e todos temos os mesmos traços e ligações humanescas.
Resumindo vejo que a discussão está longe de terminar, pois a religião entende que somos objetos de criação e a ciência entende que somos resultados de evolução, porém não encontrei, em qualquer pesquisa que houvesse a citação de que, ou em um caso ou no outro, tenha havido fatos diferentes para surgimento da raça “X”, “Y” ou “Z”.
Portanto, não será um imbecilzinho ou outro que irá questionar sobre raças diferentes.
Em outras palavras, ou vamos todos orar juntos ou vamos comer nossas bananinhas, que por sinal, é um ótimo alimento.
Dê-me cá minha banana!