São exatamente quatro horas
da manhã, do dia 12 de fevereiro de 2014.
Mania de acordar cedo e
ficar piruando nos canais de
televisão, acabo de assistir a prisão, em Feira de Santana, Bahia, do jovem Caio Silva de Souza, de 23
anos, suspeito de acender e soltar o rojão que matou um cinegrafista da TV
Bandeirante em um protesto no Rio de Janeiro na semana passada.
Na quinta-feira, dia 6 de fevereiro, o cinegrafista da TV
Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade gravava imagens de uma manifestação contra
o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio de Janeiro quando foi
atingido na cabeça pelo rojão.
A vítima, quatro dias depois do ocorrido, teve morte
cerebral, visto que estava em coma no Hospital Souza Aguiar.
Ao vivo, ouvi do advogado do acusado de que se tratava de um
jovem “miserável”, sem “discernimento” e “com ideais de uma sociedade melhor”
que são aliciados por pessoas e grupos nas manifestações.
O idiota pega no chão um artefato, dizendo ele que acreditava
se tratar de um “cabeça de nego” – palavras de seu advogado – e sem saber que
se tratava de um rojão, acende esperando que seu efeito fosse mais de barulho
do que letal.
Imperícia, inabilidade, irresponsabilidade, imprudência são
termos que podem ser utilizados para rotular o jovem irresponsável.
Devemos ver que o jovem que acendeu o artefato que vitimou o
jornalista não é louco e sua vontade foi livre e consciente, sabendo que o
resultado de seu ato poderia – como em verdade ocorreu – ferir alguém, que
poderia ser um policial, um manifestante, um transeunte ou ele mesmo, ou seja,
fez sabendo que seu ato poderia ter resultado negativo.
Entendemos que se trata de homicídio qualificado e que deve
responder seu autor pelo seu ato, e não apenas isoladamente e sim pelo conjunto
da obra, já que outros atos irresponsáveis já praticou, contra a sociedade
organizada brasileira.
Também não deve ser um “boi de piranha”, e como diria dona
Maturina que a um cão danado, todos a ele.
Estamos vendo uma “desordem organizada” se é que os atos de
vandalismos que assistimos todos os dias, nos famosos protestos em que não é
respeitada a propriedade pública nem privada pode assim ser caracterizados.
Não está sendo respeitado o direito de ir e vir nem mesmo o
direito de se protestar.
Acredito que protestar é ato legítimo, desde que o resultado
não seja o que estamos vendo atualmente em que apenas se quer destruir tudo que
se vê pela frente.
Deve o poder público, através dos meios legais. Eu disse
meios legais, procurar quem está por trás desses pequenos imbecis que, em troca
de pequenas quantias ou carginhos de açeçores
se sujeitam a cobrir a cara e como uma turba desgovernada sair quebrando tudo
pela frente.
Quem banca esses pequenos imbecis que passam mais tempo sendo
contra do que dizendo o motivo de ser contra.
Quem paga esses pequenos imbecis para ficarem por dias
“mocozados” em órgãos públicos.
De onde vem o dinheiro para pagar café, almoço, janta,
aquisição de rojão, tintas, combustível para coquetéis molotovs ou outros apetrechos para suas manifestações.
De algum canto deve surgir dinheiro para financiar as
manifestações que estamos vendo ou então existe um cornucópia as avessas que no
lugar de ser um símbolo representativo
de fertilidade, riqueza e abundância
jorra dinheiro.
O mais curioso é que, quando da prisão, a Rede Globo estava
transmitindo ao vivo a operação, enquanto a Band, estava transmitindo as
olimpíadas de inverno, da Rússia.
Comparo esses pequenos grupos e jovens despreparados a
pequenos traficantes de drogas, em seus pontos imundos, ganhando trocados e se
sujeitando a todo tipo de sorte, vendendo pequenas porções e engordando a conta
bancária dos grandes traficantes que são praticamente inatingíveis.
É uma pena que jovens como Caio Souza e Fábio Raposo, são
pequenos peixes, aliciados por açeçores
de políticos bandidos e utilizados como marionetes e ao final, serão indiciados
por homicídio doloso qualificado por uso de artefato explosivo e crime de
explosão e, se forem condenados, podem pegar até 35 anos de prisão.
Seus aliciadores ou seus mentores apenas ficam olhados de
longe o resultado de suas crias não importando o que lhes restará.
São sardinhas e lambaris de fácil prisão, quando os grandes
tubarões ficam à solta.