quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu não brinco com a educação

Em meados da década de 80, quando era professor de Economia e Mercados no Colégio Getúlio Vargas, após entregar a nota final de uma turma do 3º ano do 2º grau, um aluno esperou até o final da aula e quando não tinha mais outro colega em sala me abordou e falou que tinha fiado reprovado por falta de um ponto.

Questionou que estava necessitando concluir o 2º grau, pois teria uma promoção ou algo equivalente na Polícia Civil.

Perguntou se eu não poderia reconsiderar a nota que ele tinha tirado e fiquei de fazer uma análise e posteriormente eu lhe daria uma resposta.

Ele foi saindo de sala e, já na porta voltou e de supetão, perguntou quanto eu queria, em dinheiro, para lhe atribuir uma nota que fosse suficiente para ele colar grau.

Eu, sinceramente, estava mais duro do que trilho velho.

Olhei para o cidadão- se é que posso classificar uma pessoa que faz tal proposta, de cidadão.

Respondi que ele poderia, a partir daquele momento, considerar reprovado, pois aquilo não era proposta que se fazia a um professor.

Com certeza tenho um inimigo hoje, se bem que ele deve já ter fundado uma associação dos inimigos de Orlando Júnior, ou quem sabre até, uma comunidade no Orkut “EU ODEIO O ORLANDO JÚNIOR”

Dane-Se ele e quem mais assim me considerar.

Vou mais além.

Sou fruto de uma família de professores.

Filho da primeira professora nomeada do Território Federal do Guaporé tinha irmã professora, tenho cunhado professor, sobrinhas, sobrinhos, irmão e mais uma “ruma” de parentes. Até filhos meus são enveredaram para o caminho do magistério.

Leciono desde os meus quatorze anos.

Tenho maior orgulho de encontrar, todo santo dia, uma pessoa que diz ter sido meu aluno ou aluna sem que eu lembre da pessoa.

Minhas duas primeiras graduações são na área da educação, embora hoje também seja Bacharel em Ciências Jurídicas, tenho também Especialização em educação e sou, queiram ou não, Doutorando em Educação.

Ou seja, sou fruto da educação.

Tive há pouco tempo, o prazer e a satisfação de fazer parte de uma equipe, “escolhida a dedo” dentre todos os seguimentos da administração pública, entidades de classe e sociedade civil organizada, para elaborar o Plano Estadual de Educação para Rondônia – PEE/RO, para 2011 a 2020.

Também fiz parte da equipe encarregada de monitorar o plano de cargos dos professores de Rondônia, participei da comissão intersetorial objetivando acompanhar, monitorar e orientar atividades do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Rondônia - CONEDCA e outras atividades na área da educação.

Em suma, quando se fala em educação em Rondônia, estou presente.

Busco incentivar a leitura com programas em praças, ônibus e escolas.

Até dezembro de 2010, fui Coordenador do Programa de Educação Fiscal de Rondônia e atuei junto a Escola Superior de Administração Fazendária – ESAF, em Brasília, na elaboração dos cadernos de Educação Fiscal e como tutor de Disseminadores – EAD.

Elaborei a legislação para contratação de Estagiários na Secretaria de Estado de Finanças, bem como confeccionei as provas, apliquei, como minha equipe e corrigimos, de forma que em todo o Estado de Rondônia houve uma procura muito grande e hoje muitos jovens estão estagiando tanto nível superior como ensino médio, sem que houvesse qualquer deslize ou recurso de um aluno que tenha se sentido lesado.

Tudo que escrevi acima foi para que eu seja respeitado.

Não sou o cara mais correto do mundo.

Quero apenas respeito.

Não admito que uma pessoa que não conhece meu trabalho, ou conhece superficialmente venha a por em dúvida minha integridade.

Desculpe-me, essa foi pesada.

Cidadão!

Respeite-me, eu não negocio com a educação nem com o conhecimento.